Os perigos da Torção Gástrica
Veterinária explica as causas da síndrome, quais são os cães que correm mais riscos e como evitar o problema
A síndrome de Torção/Dilatação Gástrica pode ocorrer quando o animal come grande quantidade de comida de uma única vez e este alimento fermenta no estômago produzindo gás. Nesses casos ocorre a dilatação do estômago, causando dor intensa e compressão dos outros órgãos e vasos sanguíneos importantes.
Não são raras situações em que o órgão pode girar e torcer, o que agrava ainda mais o quadro. As chances de torcer aumentam quando o animal faz
exercícios físicos logo após se alimentar. Esta síndrome é mais comum em cães de raças grandes como
Pastor Alemão,
Dogue Alemão,
Rottweiler,
Labrador, etc, mas também existem casos de cães de médio e pequeno porte como
Buldogue Inglês,
Pug,
Cocker,
Beagle...
Trata-se de uma das maiores emergências da rotina de um hospital veterinário onde a estabilização do animal é ponto fundamental para a recuperação do pet. Do momento da torção ao aparecimento dos sintomas e a chegada ao veterinário, tem maior chance de recuperação o cão que levou menor tempo para ser socorrido. Quanto mais tempo passar as chances de recuperação vão caindo drasticamente. O tratamento é cirúrgico e as primeiras 72 horas do pós cirúrgico são cruciais para a vida do cão.
O tempo de recuperação vai depender da gravidade podendo chegar de 7 a 10 dias de internação em UTI, e em alguns casos, infelizmente, evoluem para morte. Por isso, é muito importante saber evitar o problema, fazendo com que o animal coma pequenas quantidades, varias vezes ao dia. Como exemplo, podemos citar o famoso Marley, do filme Marley e Eu, que teve uma evolução muito triste por já estar idoso e sem condições anestésicas para suportar o procedimento.
Mas temos casos com final feliz também, como o da Sandy, uma Labradora de 8 anos, e o de Richard, um Boxer de 10 anos. Eles puderam contar com a rápida percepção de seus donos, que os levaram de madrugada para o hospital. Aqui, foram estabilizados, operados e se recuperam bem.
Hoje, completam 15 dias de pós cirúrgico. Sim, os dois chegaram praticamente juntos ao hospital, na mesma madrugada, e os proprietários acabaram ficando próximos, pois passaram um longo tempo juntos na sala de espera, rezando e aguardando ansiosos por uma notícia positiva. Felizmente, eles receberam as boas novas na manhã seguinte, quando os veterinários comunicaram a cada um o decorrer da cirurgia de seus companheiros de tantos anos. Deste momento difícil, dizem, surgiu uma promissora amizade…
Fonte: Petmag
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