Não maltrate os animais! São também filhos de Deus e irmãos nossos, menores, que não adquiriram a faculdade do raciocínio abstracto. Mas são amigos que precisam de nossa ajuda e carinho.... Não lhes imponha trabalhos demais. Alimente-os bem. Trate-os em suas enfermidades. Faça com essas criaturas de Deus, que dependem de você, o mesmo que você gosta de receber dos Anjos do Bem
domingo, 13 de maio de 2012
sábado, 12 de maio de 2012
suporte e qualquer equipamento para cães especiais
Erliquiose canina – como evitar e tratar
Erliquiose canina – como evitar e tratar
O que é a Erliquiose canina?
É uma grave doença infecciosa que acomete animais da família canidae que são lobos, cães e chacais. O primeiro registro dessa enfermidade no Brasil foi em 1973, na cidade de Belo Horizonte. Teve diversas nomenclaturas no passado como: pancitopenia tropical canina, riquetsiose canina, tifo canino, síndrome hemorrágica idiopática, febre hemorrágica canina, moléstia do cão rastreador e, atualmente é denominada erlichiose monocítica canina (EMC).
O que causa essa grave doença?
Causada principalmente pela bactéria Erlichia canis, tem como vetor (transmissor) o carrapato Rhipicephalus sanguineus, chamado comumente de carrapato vermelho ou carrapato marrom do cão. A transmissão também pode acontecer durante transfusões sanguíneas ou através de agulhas ou instrumentais cirúrgicos contaminados. O mesmo carrapato transmissor da erliquiose é responsável pela transmissão da Babesiose, outra doença infecciosa que pode ocorrer juntamente junto com a erliquiose, agravando ainda mais o quadro do cão contaminado.
Como o cão se contamina? Ao picar um cão contaminado, o carrapato transmite a doença para outro cão sadio que venha a picar também. O sangue do primeiro cão contaminado é inoculado no cão sadio através do carrapato Rhipicephalus sanguineus.
Quais os sinais e sintomas apresentados pelo cão contaminado pela Erlichia canis?
A fase inicial da infecção ou fase aguda, geralmente traz um quadro de febre, que pode variar entre 39,5 ºC e 41,5 ºC. Em geral, o animal apresenta ainda perda de apetite, com conseqüente perda de peso. Pode apresentar ainda fraqueza muscular. Alguns cães, que apresentam quadro mais grave na fase aguda, podem apresentar secreção nasal, param totalmente de se alimentar, apatia, depressão, sangramento nasal, urina com sangue (hematúria), sangramento digestivo, náuseas, vômitos, inchaço nas patas, dificuldade para respirar. A fase aguda pode durar cerca de 4 semanas e, se não for muito intensa ou se o animal permanece por longos períodos sozinho, pode passar desapercebida pelo proprietário. Alguns animais apresentam a doença numa forma subclínica, isto é, sem sinais e sintomas aparentes. Os proprietários mais atenciosos podem perceber palidez de mucosas, perda de apetite e/ou inchaço nos membros. Quando avaliado pelo veterinário, geralmente é detectada anemia, sinal de algum sangramento que não foi notado. Em alguns cães a infecção pode ser persistente e, quando o sistema imunológico do animal não for capaz de combater e eliminar a bactéria, este apresentará a fase crônica da doença. Nestes, a doença adquire características de doença auto-imune, comprometendo todo o sistema imunológico, reduzindo as defesas para outras infecções. Além da anemia, fraqueza, o animal pode ser acometido por infecções secundárias, oportunistas, causando pneumonia, diarréia, lesões na pele, etc…Ao exame de sangue, percebe-se uma queda de plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea, o que causará sangramentos crônicos (sangramento nasal, no aparelho digestivo, etc). Dessa forma, o animal ficará fraco, apático, sentindo-se sempre cansado, devido à anemia.
Como é feito o diagnóstico da erliquiose?
Os sintomas apresentados pelo cão no início da doença (fase aguda) não são específicos e podem levar a diversas suspeitas diagnósticas, dificultando a detecção da doença. Outros fatores, se observados podem ajudar no diagnóstico como, por exemplo a presença do carrapato no animal ou no ambiente e a ocorrência da enfermidade em outros cães da região. O diagnóstico pode ser feito através do exame de sangue. Após colhido o sangue pelo veterinário, será encaminhado para laboratório e, através de esfregaço ou testes sorológicos, pode ser detectada a doença.
A erliquiose tem cura?
Sim, tem cura se tratada adequadamente. As chances de cura são maiores quando o tratamento é iniciado precocemente. Quando tratada no início da doença, após cerca de 48 horas após o início do tratamento já pode ser observada melhora no estado geral do animal.
Como é tratada a erliquiose?
A doença é tratada com o uso do antibiótico “DOXICILINA” , em qualquer fase da doença. A duração do tratamento vai depender da fase da doença em que o cão se encontra. Na fase aguda, o tratamento deve ser instituído por 21 dias. Para os animais na fase crônica, o tratamento pode durar até 8 semanas. O combate ao carrapato transmissor da doença é muito importante para o tratamento, evitando o risco de re-infecção e de transmissão a outros animais sadios. Para tal, devem ser utilizados carrapaticidas no ambiente e também no animal. A coleira anti carrapato deve ser usada pelo cão, bem como produtos em banho medicinal e de aplicação na pele.
Os humanos pode pegar erliquiose?
Não há relatos de casos de erliquiose canina em humanos, entretanto, outros tipos de bactéria erlichia, que não a canis, podem transmitir outro tipo de erliquiose para humanos, também através de carrapatos. A incidência de erliquiose em humanos tem tido um aumento significativo nos Estados Unidos. Felizmente, ainda há poucos casos diagnosticados no Brasil. Importante: Devido à dificuldade no diagnóstico da erliquiose, por ser doença que apresenta várias fases e diversos sintomas com gravidade variada,os cães devem ser submetidos periodicamente a consultas e exames de sangue, principalmente se residem em áreas endêmicas.
A prevenção também se faz pela higienização do animal e do ambiente. A presença do carrapato pode ser evitada através do tratamento do ambiente com carrapaticidas.
Cuide da sua casa e do seu grande amigo e combata essa grave doença ! Leve o seu bichinho para exames periódicos.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Mamãe dog, salva seu filhinho na piscina
As histórias têm muito mais exemplos da fidelidade dos cães que dos amigos .
10 Pedidos de Um Cão
10 Pedidos de Um
Cão
Ulrich
Klever
1) Minha vida dura apenas uma parte de sua vida;
qualquer separação de você significa sofrimento para mim.
Pense muito nisso
antes de me adotar.
2) Tenha paciência e me dê um tempo para que eu possa compreender o que você espera de mim.
2) Tenha paciência e me dê um tempo para que eu possa compreender o que você espera de mim.
Você
também nem sempre entende imediatamente as coisas.
3) Deposite sua confiança em mim, pois eu vivo disso
3) Deposite sua confiança em mim, pois eu vivo disso
e vou
compensá-lo por isso mais do que ninguém.
4) Nunca guarde rancor de mim se eu aprontar alguma, e não me prenda "de castigo".
4) Nunca guarde rancor de mim se eu aprontar alguma, e não me prenda "de castigo".
Você tem
outros amigos além de mim, tem seu trabalho e seu lazer
– mas eu só
tenho você.
5) Converse comigo. Eu não entendo todas as palavras,
5) Converse comigo. Eu não entendo todas as palavras,
mas me faz bem ouvir
sua voz falando só para mim.
6) Pense bem como você, seus amigos e visitas me tratam.
6) Pense bem como você, seus amigos e visitas me tratam.
Eu jamais
esqueço.
7) Também pense, quando você quiser me bater, que eu poderia
7) Também pense, quando você quiser me bater, que eu poderia
facilmente
quebrar os ossos da mão que me machuca,
mas que eu
não lanço mão deste recurso.
8) Se alguma vez você não estiver satisfeito comigo, porque estou de mau humor, preguiçoso ou desobediente, imagina que talvez a minha
8) Se alguma vez você não estiver satisfeito comigo, porque estou de mau humor, preguiçoso ou desobediente, imagina que talvez a minha
comida não esteja me fazendo bem ou
que tenho estado muito exposto ao sol, ou que meu coração já está
um pouco cansado e fraco.
9) Por favor, tenha compreensão comigo quando eu envelhecer. Não
9) Por favor, tenha compreensão comigo quando eu envelhecer. Não
pense logo em me
abandonar para adotar um cãozinho novo e
bonitinho. Você
também envelhece.
10) E quando chegar meu último e mais difícil momento fique comigo.
10) E quando chegar meu último e mais difícil momento fique comigo.
Não diga
"não posso ver isso". Com sua presença tudo fica mais
fácil para mim.
A
fidelidade de toda a minha vida deveria compensar este momento
de dor.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Os 10 Mandamentos da Posse Responsável


Adote animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso.

Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico.

Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzido por quem possa contê-lo.

Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove e exercite-o regularmente.

Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.

Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.

Recolha e jogue os dejetos (cocô) em local apropriado.


ESTERILIZAÇÃO . PORQUÊ?: EVITE A PIOMETRA!
Esterilização. Porquê?
A Piometra é uma desordem uterina crónica de origem hormonal, causada por uma infecção bacteriana uterina que pode resultar em severa bacteremia e toxemia, comum em cadelas e gatas não esterilizadas.
A piometra (infecção uterina) é causada pela repetida exposição do endométrio (mucosa que reveste a parede uterina) á progesterona. O distúrbio surge no diestro, fase caracterizada pela ocorrência de secreção activa de progesterona, geralmente três a seis semanas após o fim do cio, podendo, contudo, aparecer logo no final do estro. A progesterona é uma das hormonas envolvidas no ciclo menstrual produzida pelo corpo lúteo, responsável por promover as actividades proliferativas e secretoras das glândulas endometrais e responsável pela manutenção da gravidez.
Após o "cio" os níveis desta hormona permanecem elevados durante cerca de 8 a 10 semanas provocando um espessamento da parede do útero como preparação para a gravidez. Se a gravidez não ocorre, após vários ciclos, a espessura da parede continua a aumentar até a formação de quistos no seu interior.
O cérvix (porta de entrada do útero) normalmente está fechado, mas durante o estro abre e permite a invasão bacteriana secundária ascendente a partir da vagina, se o útero se encontrar normal o ambiente é hostil á sobrevivência destas bactérias, mas na presença destes cistos, que contem células secretoras que libertam fluidos, e os níveis elevados de progesterona que inibem a contracção muscular da parede do útero levando á acumulação dos fluidos cria-se o ambiente ideal para o crescimento bacteriano.
Factores predisponentes como a duração prolongada do cio na cadela, permite que o colo uterino (cérvix) permaneça muito tempo aberto, sendo possível a contaminação. Em gatas, considerando que há necessidade de cópula para que ocorra a ovulação, a piómetra ocorre após cruzamentos ou de forma iatrogênica, pela administração de contraceptivos. A piometra ocorre mais comumente em cadelas adultas, de 8 a 10 anos e em gatas a média fica em torno dos 7 anos. O uso de medicamentos á base de progesterona ou estrogénios podem provocar o mesmo fenómeno, uma vez que o estrogénio promove o crescimento, a vascularização e um edema do endométrio, além de aumentar o número de receptores de progesterona, ampliando o efeito desta.
Sintomatologia
A piometra pode ser classificada:
"Aberta" - Na piometra com cérvix aberto o pus acumulado no útero drenará para o exterior, provocando uma descarga vulvar inodora de consistência mucosa a purulenta e coloração variável.
"Fechada" - Na piometra com cérix fechado o pus formado não é drenado para o exterior e acumula-se no útero provocando uma distensão abdominal. Neste tipo de piómetra pode ocorrer septicemia pois as bactérias libertam toxinas que entram na corrente sanguínea.
Em ambos os tipos de piómetra os animais podem apresentar:
Anorexia;
Vómito;
Diarreia;
Depressão;
Letargia;
Poliúria e Polidpsia, porque o organismo tenta eliminar a infecção por meio da filtração renal, porém devido ao excesso de secreção ocorre uma sobrecarga dos rins, levando a uma insuficiência renal.
Tratamento
Cirurgia - Consiste na remoção cirúrgica do útero e ovários (Ovário-Histerectomia).
Médico - Existe tratamento clinico á base de medicamentos (prostaglandinas) que diminuem os niveis de progesterona no sangue, promovendo o relaxamento e abertura do cérvix e promove também a contracção do útero expelindo desta forma as bactérias e o pús. Este tipo de tratamento não pode ser feito em piómetras fechadas.
Se o tratamento adequado não for realizado rapidamente os efeitos tóxicos bacterianos serão fatais, pode ocorrer a ruptura do útero espalhando-se a infecção para a cavidade abdominal provocando uma peritonite levando o animal á morte em 48horas.
A Piometra é uma desordem uterina crónica de origem hormonal, causada por uma infecção bacteriana uterina que pode resultar em severa bacteremia e toxemia, comum em cadelas e gatas não esterilizadas.
A piometra (infecção uterina) é causada pela repetida exposição do endométrio (mucosa que reveste a parede uterina) á progesterona. O distúrbio surge no diestro, fase caracterizada pela ocorrência de secreção activa de progesterona, geralmente três a seis semanas após o fim do cio, podendo, contudo, aparecer logo no final do estro. A progesterona é uma das hormonas envolvidas no ciclo menstrual produzida pelo corpo lúteo, responsável por promover as actividades proliferativas e secretoras das glândulas endometrais e responsável pela manutenção da gravidez.
Após o "cio" os níveis desta hormona permanecem elevados durante cerca de 8 a 10 semanas provocando um espessamento da parede do útero como preparação para a gravidez. Se a gravidez não ocorre, após vários ciclos, a espessura da parede continua a aumentar até a formação de quistos no seu interior.
O cérvix (porta de entrada do útero) normalmente está fechado, mas durante o estro abre e permite a invasão bacteriana secundária ascendente a partir da vagina, se o útero se encontrar normal o ambiente é hostil á sobrevivência destas bactérias, mas na presença destes cistos, que contem células secretoras que libertam fluidos, e os níveis elevados de progesterona que inibem a contracção muscular da parede do útero levando á acumulação dos fluidos cria-se o ambiente ideal para o crescimento bacteriano.
Factores predisponentes como a duração prolongada do cio na cadela, permite que o colo uterino (cérvix) permaneça muito tempo aberto, sendo possível a contaminação. Em gatas, considerando que há necessidade de cópula para que ocorra a ovulação, a piómetra ocorre após cruzamentos ou de forma iatrogênica, pela administração de contraceptivos. A piometra ocorre mais comumente em cadelas adultas, de 8 a 10 anos e em gatas a média fica em torno dos 7 anos. O uso de medicamentos á base de progesterona ou estrogénios podem provocar o mesmo fenómeno, uma vez que o estrogénio promove o crescimento, a vascularização e um edema do endométrio, além de aumentar o número de receptores de progesterona, ampliando o efeito desta.
Sintomatologia
A piometra pode ser classificada:
"Aberta" - Na piometra com cérvix aberto o pus acumulado no útero drenará para o exterior, provocando uma descarga vulvar inodora de consistência mucosa a purulenta e coloração variável.
"Fechada" - Na piometra com cérix fechado o pus formado não é drenado para o exterior e acumula-se no útero provocando uma distensão abdominal. Neste tipo de piómetra pode ocorrer septicemia pois as bactérias libertam toxinas que entram na corrente sanguínea.
Em ambos os tipos de piómetra os animais podem apresentar:
Anorexia;
Vómito;
Diarreia;
Depressão;
Letargia;
Poliúria e Polidpsia, porque o organismo tenta eliminar a infecção por meio da filtração renal, porém devido ao excesso de secreção ocorre uma sobrecarga dos rins, levando a uma insuficiência renal.
Tratamento
Cirurgia - Consiste na remoção cirúrgica do útero e ovários (Ovário-Histerectomia).
Médico - Existe tratamento clinico á base de medicamentos (prostaglandinas) que diminuem os niveis de progesterona no sangue, promovendo o relaxamento e abertura do cérvix e promove também a contracção do útero expelindo desta forma as bactérias e o pús. Este tipo de tratamento não pode ser feito em piómetras fechadas.
Se o tratamento adequado não for realizado rapidamente os efeitos tóxicos bacterianos serão fatais, pode ocorrer a ruptura do útero espalhando-se a infecção para a cavidade abdominal provocando uma peritonite levando o animal á morte em 48horas.
Plácido e a turma do barulho!
Plácido e a turma do barulho

Dos 15 cães que moram na casa do Plácido, 14 às vezes latem um pouco, na definição do professor e da sua mãe, Dona Wanda. Mas segundo eles não é o tempo todo. Latem para o lixeiro, como todo bom cachorro, mas também latem para os funcionários que medem a água e a luz. Latem também para o carteiro e inclusive comem algumas correspondências.
Foto: Blog devastacao.wordpress.com
Foto: Blog devastacao.wordpress.com
Os cães do Plácido têm o péssimo hábito de latir para os gatos que andam sobre o muro e o telhado e por extensão latem para os passarinhos que pousam nos fios elétricos. Se alguém tocar a campainha ou bater palmas, eles latem para avisar. Se passar bicicleta ou moto na rua também. Basicamente só latem nestes momentos. Fora isso quando venta forte, quando tem trovão, quando faz muito calor ou muito frio, quando passa avião, caminhão ou cachorro na porta de casa. Também não gostam do apito do vigia no meio da madrugada, nem sirene de ambulância. Quando as crianças jogam bola na rua e quando escutam o estouro de fogos de artifício, aí eles latem mesmo, com vontade. Fora estes momentos, eles são bem silenciosos.
A casa do Plácido fica em uma rua bem erma, sem saída, de um lado tem um terreno baldio, mas do outro tem a casa do Sr. Mauro, que andava reclamando da “latição”. Depois de alguns bate bocas entre a família do Sr. Mauro e a família do professor, o vizinho acabou por entrar na justiça, pedindo a retirada dos cães, alegando excesso de barulho. O juiz lhe deu razão, e agora Plácido tinha 24h para retirar os cães, sob pena de serem recolhidos ao canil municipal.
- Senhor Mauro, veja bem, tenho estes cães há vários anos, todos recolhidos da rua.
- Seu Plácido, eu não quero nem saber. Desde que mudei para cá nunca tive sossego. Seus cachorros latem o dia inteiro e a noite inteira também. Sabe, Seu Plácido, estou bem de vida, minha casa era para ser o paraíso. Tenho TV de plasma, Seu Plácido, eu tenho home theather, tenho aparelho de som, cafeteira expressa, tenho até um chess long, sabe o que é isso? Coisa de gente fina. Seu Plácido, na minha casa eu tenho de tudo, menos uma coisa, sabe o que? Sossego. Silêncio. Porque seus cachorros não deixam, e a sua mãe também, que conversa alto com eles o tempo todo. Tomara que a justiça leve todos eles embora mesmo.
Plácido, agoniado com a possibilidade de perder os cães foi se aconselhar com a Deinha, sua amiga e camarada de proteção animal.
- Deinha, vou ter que tirá-los daqui mesmo, nem que seja por alguns dias, até o assunto esfriar. Ou os levo para a clínica da Dra. Flávia, ou para a casa do Cidão, que ofereceu ajuda.
- Pelo amor de Deus, seu Plácido, não leva para o Cidão não, que ele não é do bem. Ele vai jogar o seu problema na internet, pedir dinheiro e usar para outra coisa. Lembra do caso daquele cachorrinho que ele resgatou 18 vezes? Sempre o mesmo cachorro? Às vezes amarrado na árvore, às vezes dentro do bueiro. O coitado até abanava o rabinho quando ele chegava para fotografar o resgate e pedir dinheiro.
- É mesmo, então vamos para a clínica. Vou precisar pedir dinheiro emprestado para minha mãe, pois meu salário acabou no dia seguinte ao pagamento. Quando eu receber meu 13º salário eu pago a ela.
- Tá certo, eu te ajudo no transporte, mas deixe pelo menos o Bimbo, pois ele é velho, surdo e mudo. Dorme o dia inteiro e não vai incomodar o “mala” do Sr. Mauro.
E assim naquele final de semana a rua do Plácido ficou tranquila. Os cães no hotel da clínica e Plácido junto, pois não abriu mão de passar a noite com eles. Dona Wanda teve uma crise de pressão alta, por conta da situação e foi internada, para dormir no hospital até melhorar. Deinha foi escalada para dormir na residência do professor e junto com o Bimbo tomar conta da casa.
E o Sr Mauro, ficou tão feliz com o silêncio, que levou a família toda para jantar fora e comemorar até tarde.
E foi justamente no silêncio da noite, com Deinha e Bimbo roncando alto juntos, que estacionou uma Kombi branca na porta do Sr. Mauro, 5 homens vestidos de preto e com capuz na cabeça entraram na casa e carregaram tudo que puderam para dentro do carro e partiram sem deixar pistas. Para não dizer que carregaram tudo, deixaram um carnê das Casas Bahia, com 48 prestações, dos móveis e eletrodomésticos que o Sr. Mauro havia comprado.
Foto: Portal Sananduva
Foto: Portal Sananduva
No dia seguinte ainda abalado, o vizinho furtado procurou o professor e disse:
- Olha Seu Plácido, roubaram a minha casa e levaram tudo. E não tinha nem um cachorro seu para dar o alarme. Vou comprar tudo novo de novo e mais para a frente vou me mudar daqui. Por enquanto quero dizer que vou retirar o processo e o senhor pode trazer os cachorros de volta. Ruim com eles e pior ainda sem eles.
E partiu cabisbaixo para dentro de casa.
Plácido lamentou o desfalque do vizinho, mas sem perder tempo, correu para a clínica e trouxe a turma do barulho toda de volta.
Veterinário Wilson Grassi
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